E passou o 1º de abril e eu nada escrevi. Tenho pensado muito sobre o quão cínicos nos tornamos. Sei que isso também foi um episódio de Sex and the City, mas não lembro a conclusão que a Carrie chegou. Eu só sei que tenho pensado nisso.
Somos obrigados e multiplicar nossas personalidades de acordo com o local e adequar nossos comentários, pensamentos, impressões, opiniões, sentimentos em busca de bem-viver em sociedade. Mas isso não nos torna cínicos e patéticos? Será que não dizer o que se pensa relamente é sinônimo de falsidade ou mentira? Devemos sempre dizer a verdade?
E mais: se nos apresentamos de tão diferentes formas, quem realmente somos? E sempre volto pra essa pergunta sem resposta...
Localizei uma frase interessantíssima de Voltaire:
"A mentira apenas é um vício quando faz mal; é uma grande virtude quando faz bem."
Então, sejamos todos bons mentirosos!
Bonito pensamento.
Mas eu acho que é preciso ter em atenção o que é "fazer bem" com a mentira.
Por exemplo, se um assassino me perguntar onde está alguém que ele deseja matar certamente seria uma boa mentira.
Mas o que eu noto nos dias de hoje é que mentimos por razões bem mais fúteis. Mente-se porque é mais fácil dizer uma mentira do que ter de explicar a verdade. Mente se porque se tem medo de magoar alguém, quando todos sabemos que a mentira magoa muito mais. Mentimos a nós mesmos quando nos tentamos adaptar a sociedade.
Somos nós próprios quando estamos com quem Amamos. Só aí somos verdadeiramente nós, sem medos, sem receios de sermos julgados. E se o Amor também se transforma numa adaptação? Se para sermos Amados não somos nós próprios? Bem aí penso que não vai valer a pena... (Quando falo em Amor refiro me a todos os tipos de Amor, Amor conjugal, paternal, maternal, amizade...)