MEMÓRIAS
Final de ano. Esperei até o último dia do último mês de 2009 para postar algo. Pensei no ano que passou e não gostei de boa parte dele. Mas foi um ano emblemático e decisivo em vários aspectos. Num balanço, o que se destaca de positivo é a formatura, o blog e as várias amizades que se contruíram, se mantiveram e se fortaleceram. Mas, inevitável concluir que o saldo foi negativo. Foi um ano de muitas perdas e de decisões que até hoje não sei se foram corretas...

Assim foi que comecei a pensar em falhas. Em coisas que deram errado. Será que todo erro traz em si uma lição? Carrie Bradshaw já se perguntou isso antes. Às vezes um erro é só um erro e não serve para mais nada além de ser um erro que provavelmente será cometido várias outras vezes. Ou seja, nem sempre um erro traz como conseqüência lógica uma lição. Nem mesmo a mais simples das lições: não cometer o mesmo erro duas vezes. Afinal, nem tudo na vida encerra uma lição em si.

Mas, alguns erros provocam, no mínimo, que se repense a contratação do confeiteiro. No buteco da net achei umas fotos ótimas que demonstram até onde vai a tosquice do ser humano. Aí embaixo vai a melhor delas:






















Não entenderam? Bom... era para o confeiteiro copiar uma foto que estava salva no pendrive. Em vez disso ele fez o que? Copiou o próprio pendrive!!!! Hehehehe!!!

Bom... com essa termino 2009 e que venha 2010!!!

Mas venha rápido, porque não aguento mais esse ano!!!!!!

MEMÓRIAS
SUGESTÃO: LEIA O PRIMEIRO CONTO E O SEGUNDO CONTO ANTES, OU NÃO...


Por que no natal? Por que as pessoas voltam no natal, se desculpam no natal? Enfim... Será a proximidade com o fim do ano? Será a religiosidade da data? Mas ela não era religiosa.... não que eu soubesse. Então, por que no natal?

Assim foi que, em uma véspera de natal, ouvi a campainha estridente tocar. A mesma campainha que cerca de três anos antes fiz silenciar ao copiar as chaves para Carol. Agora, Carolina voltou a tocar a campainha. Abri a porta e lá estava ela, parada. Olhos tristes como eu nunca havia visto antes. Nem quando ela foi embora há quatro meses e dois dias. Não. Naquela vez, pareciam que ter um brilho de aventura, descobertas, novidade. Hoje, estão apenas tristes.

Mandei-a entrar. Sem beijo, sem abraço. Como se ela tivesse voltado rapidamente apenas para buscar algo que esqueceu. Estava eu, já atrasado, terminando de me arrumar para ir a casa de minha mãe. Natais são sempre com a família. Sempre. E ela sabia disso. De toda forma, lembrei-a que eu tinha pressa. Até então ela não havia dito coisa alguma. Entrou e permaneceu parada enquanto eu corria de um lado a outro do apartamento quarto-e-sala como que ignorando sua presença.

Tirei a bermuda de ficar em casa –afinal, ela já tinha visto tantas vezes antes essa cena, não vi porque não o fazer. Ela permanecia parada. Coloquei o terno sem casaco. E ela parada. Não perguntei o que queria e pedi que ajudasse a dar o nó na gravata. Ajudou. Disse-me, então, que tinha vindo buscar algo que esqueceu. Lembrei-me, na hora, com raiva, da camiseta vermelha que eu tanto gosto. Achei que ela a tinha deixado para mim. Não acredito que, justo no natal, ela viria buscar.

Perguntei, já bravo, o que era. Ao que ela respondeu que buscava pelos batimentos fortes de seu coração. Disse que os procurou em toda parte e não os encontrou. Aí parou para pensar e concluiu que o último lugar que os havia visto era aqui, desde o momento em que entrou [meio sem querer] pela primeira vez em minha casa. Atônito, só conseguia me concentrar nas lembranças que surgiam em flashes a minha frente. Fragmentadas, contando histórias de todo o tempo desde que conheci Carol. Passaram como um filme. Mas com partes sublinhadas tal qual um bom livro.

Lembrei quando a vi pela primeira vez na casa de praia de um amigo. Maurício me convidou para passar uma semana na casa de sua família, na praia do Rosa, Santa Catarina. Nunca tinha ido para lá. Não gostava da falta de estrutura da cidade e não gostava do nome da cidade. Lembrava-me de Rosa. Como não tinha coisa melhor para fazer e a viagem era econômica, fui. Ele havia reunido uma turma relativamente grande, dois casais, duas mulheres solteiras –dentre as quais Carolina estava incluída–, ele e eu.

Fomos todos de carro. Em mais de um. A viagem não é curta, o Rosa fica há umas cinco horas de Porto Alegre, mas a comodidade de ter um carro por lá compensava. Naturalmente, quando cheguei, os quartos já estavam todos distribuídos. Era um terreno grande onde estavam construídas duas casas: uma principal, outra de hóspedes. Assim foi que, os solteiros, naturalmente, ficaram na casa maior. Quatro quartos. Um para cada um. Do meu, via-se a praia.

Daqueles amigos dele, eu conhecia apenas um dos casais e Maria –a outra solteira–, todos da redação do jornal que, uma vez por mês, publicava meus artigos. Fui apresentado, de pronto, a Carolina que, mais rapidamente do que nossa intimidade permitia, se tornou Carol. Ela era meia-irmã de Maurício, filha do segundo casamento de seu pai. Cabelos lisos, castanhos, olhos cor de mel que às vezes ficavam verdes, pele de uma brancura incompreensível se comparada ao bronzeado de seu irmão. Estudava teatro na UFRGS e não sabia o que queria da vida. Só sabia que, naquele momento, queria estudar teatro.

Na primeira noite, resolvemos cozinhar algo em casa. Estava muito tarde e muito frio para sairmos. Tínhamos o mais importante: vinho, amendoins e salgadinhos. Essa foi a janta. Obviamente, em pouco tempo estávamos todos com aquela leveza própria de taças de vinho ingeridas quase em jejum. Todos eram amigos, a vida era maravilhosa, as histórias mais íntimas tornavam-se públicas em questão de segundos. Jogo da verdade, disse Maurício. Carol concordou ressaltando que só valiam verdades, nada de conseqüências. Todos toparam. Começamos com perguntas banais sobre a quantidade de transas ou de melhores lugares para sexo; que foram seguidas de reflexões mais profundas: o que tu esperas de um relacionamento? O que esperas da vida ou o que a vida pode esperar de ti?

Aí começaram os problemas. As esperanças de Flávio não coincidiam com as ambições de Roberta e ela saiu da brincadeira. Ao que, obviamente, se seguiu a saída dele. A fim de evitar conflitos semelhantes, Paula e Renato também se retiraram e foram para a casa de hóspedes. Restaram, assim, nós –os solteiros–; agora com conseqüências, que não valiam entre Maurício e Carol, por óbvio. Errando uma pergunta, beijei Maria. Errando outra, Maurício beijou Maria. Acertando seus gostos, adivinhando sua história e querendo seu futuro, beijei Carol. E beijei Carol pelos dois dias que se seguiram. E pelas cinco horas que nos separavam de Porto Alegre. E pelo resto da semana em que não nos separamos.

Assim, conheceu pela primeira vez meu apartamento. Onde levou mais de ano para voltar. Descobriu ter sido aprovada para cursar dois semestres em uma universidade argentina –parece que a escola de teatro é boa por lá. Nesse ano sem Carol, ela voltou a ser Carolina e eu tornei-me namorado de Maria. Sim, a mesma Maria da redação, da praia, da casa, do jogo, do beijo. Mas ela era muito nova, não sabia o que queria da vida e, afinal, Carolina estava de volta querendo voltar a ser Carol.

Voltou. Entrou novamente em meu apartamento. Chegava todas as sextas, tocava a campainha estridente e saía todas as segundas. Até que numa sexta eu não agüentei mais ouvir aquele som estridente e copiei minhas chaves para Carol. Na outra sexta ela entrou silenciosamente e não foi embora na segunda. Ficou.

Ficou por tempo suficiente para que me ensinasse a importância da iluminação para uma peça de teatro e o que significa a fotografia que é premiada no Oscar. Ficou para saber que eu só escrevo sob pressão e que anoto nos rascunhos de mensagens do celular cada vez que tenho uma idéia nova, porque não sei usar as notas rápidas do smartphone. Ficou o suficiente para querer reformar a casa, abrir uma cozinha americana e pintar a sala de verde. Ficou para chorar no meu colo o infarto fulminante da tia de quem tanto gostava. E para ver meu sorriso mais sincero ao aplaudir sua estréia no Theatro São Pedro com casa cheia.

Tudo isso passou em minha mente em menos de meio segundo. Só que os flashes pararam. Pararam quando me lembrei da alegria em seus olhos ao trancar a faculdade e ir embora com um diretor para a Espanha. Lembrei-me da noite que não voltou para casa e que eu a procurei por todos os hospitais da cidade durante toda a madrugada. Lembrei-me de quando ela resolveu que não dormiria mais em nossa cama. Lembrei-me dos sussurros ao telefone quando falava com não-sei-quem. Lembrei o quanto emagreci nos dias que seguiram àquele em que surpreendi sua boca em outra boca e suas malas no corredor.

Nessa véspera de natal, seus olhos estavam tristes como eu nunca havia visto. Talvez como os meus devem ter ficado com sua ausência. Perguntei por que no natal. Ao que ela respondeu não.


- Não vim pelo natal. Na verdade, já estou atrasada.


Parou, passou a mão por entre os cabelos, prendeu-os num nó e continuou.

- Vim pelos quatro meses e dois dias que não sinto meu coração bater como antes. Queria ter vindo anteontem. Não tive coragem. Cheguei até a esquina, mas quando lembrei que não poderia colocar o carro na garagem e que teria que voltar a tocar a campainha, desisti. Ontem, nem consegui sair da cama pensando que se eu viesse aqui e você me chamasse de Carolina seria o meu fim. Você chamou.

Carolina agora falava você. Não sei como quatro meses na Espanha a fizeram falar você. Nunca fui atingido por grandes gestos de amor. Eles sempre me soaram falsos. E mais falsos ainda vindos de uma atriz. Disse que eu já estava atrasado para a festa e perguntei se Carolina tinha encontrado o que procurava. Nem esperei sua resposta e saí apressado. Entramos no elevador, apertei o térreo para ela e a garagem para mim. Abri a porta. Ela saiu. Sem abraço, sem beijo, sem os batimentos fortes que buscava.

Fiquei na casa de minha mãe até umas duas horas. Voltei ao apartamento. Encostada na porta estava Carolina. Seus olhos agora não eram mais tristes. Eram desesperados. Molhados, tornaram-se quase verdes. Me abraçou. O abraço mais forte que já havia sentido em toda a vida, até então. Abri a porta, abri um vinho e propus: jogo da verdade! Carol topou. Assim, sentada no tapete que ela mesma tinha escolhido, disse-me que às vezes o que define um relacionamento é outro relacionamento. Precisou ver seu coração quase parar para perceber o quão forte ele batia.

Com isso eu esqueci aquela alegria que vi em seus olhos no dia em que sua boca tocou outra boca. Esqueci os sussurros ao telefone, os sumiços e todo o resto. Só aí percebi que meu coração também andava meio fraco. Afinal, ele estava se recuperando de uma queda de três andares. Percebi que seu abraço, sua tristeza, seu pranto e suas palavras reconectaram todas as veias e artérias do meu coração.

Levantei. Peguei Carol pela mão e levei-a de volta para a cama de onde nunca quis que ela tivesse saído. Toquei sua boca com a minha boca e seu corpo com meu corpo, num abraço mais forte ainda. Assim, nossos batimentos acertaram o compasso novamente e, juntos, voltaram a bater forte. Assim, a campainha não soou mais estridente. Que bom que foi no natal, em tempo para o reveillon...




MEMÓRIAS
Li estes dias que poesia é para corações tristes... Não sei se concordo com isso. Mas que momentos de maior incerteza, tristeza, saudade ou qualquer outro sentimento conflituoso são muito mais produtivos, ah são!!! Corações tristes produzem histórias belas, músicas belas, filmes belos. E, surpreendentemente, nem sempre essas obras originadas no caos são igualmente caóticas e tristes. Mas às vezes são. Veja-se o filme ANTICRISTO. Excelente produção cinematográfica originada de uma crise de depressão profunda do diretor.

Acho que a tristeza é mais produtiva que a felicidade porque obriga as pessoas a olharem para dentro. Incita a reflexão. Se a felicidade é o objetivo da vida de todos os seres humanos, o fato de não se estar feliz conduz à busca dos motivos dessa não-felicidade. E eles, normalmente, são encontrados internamente. Agora, quando se está feliz... olhar para dentro por quê?! Afinal, o exterior reflete que é uma beleza o interior de alegria. E, nesses momentos, nem tempo se tem para escrever, compor e seja lá qual a forma de expressão.
Então, eu reescreveria a frase sem o adjetivo. Parece-me melhor: poesia é para corações. Aí cada um acrescenta o adjetivo que quiser.... Hoje, escolho que poesia é para corações sensíveis.

MEMÓRIAS

Navegando pela rede, achei essa imagem de uma campanha publicitária para promover a leitura. O máximo!!!!

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MEMÓRIAS

"Estou atrás do que fica atrás do pensamento. Inútil querer me classificar: eu simplesmente escapulo. Gênero não me pega mais. Além do mais, a vida é curta demais para eu ler todo o grosso dicionário a fim de por acaso descobrir a palavra salvadora. Entender é sempre limitado. As coisas não precisam mais fazer sentido. Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é possível fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada. Porque no fundo a gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro."

Clarice Lispector

MEMÓRIAS

Nunca pensei na ditadura militar brasileira como uma história de vencidos e vencedores. Mas, segunda-feira fui obrigada a refletir sob esta ótica. Se pensarmos o que tocou de conseqüências para cada lado (agentes da repressão e opositores ao regime), realmente, forçoso concluir que eles --os agentes-- venceram. Os presos políticos foram libertados, as indenizações têm sido pagas pelo Estado. Os torturadores continuam livres e mal se começa a pensar que eles não foram anistiados --e realmente não foram... mas parece que pouca gente sabe disso. E a OAB só lembrou no final do ano passado quando ingressou com a ADPF  (Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental) que ganhou o número 153 no STF.

Pior: o discurso de que a anistia acabou e que não se pode punir os crimes praticados durante o regime de exceção pelos agentes da repressão está tão arraigado na sociedade brasileira que chegou ao ponto de termos nós que provar que o texto da Lei n.º 6.683/79 não diz nada disso. Eles estão confortavelmente recebendo seus salários e aposentadorias integrais; nós seguimos lutando por uma anistia que --na prática-- demora, quando vem. Por indenizações que ainda ouvimos ser abusivas e indevidas.

E o direito ao esclarecimento? À verdade? E os arquivos continuam fechados. E o Brasil é o único país da América Latina que nada fez e nada faz. A Argentina declarou a inconstitucionalidade de suas leis de auto-anistia aos torturadores. Eles, lá, estão presos. O Uruguai idem. Aqui, NADA! Só essa passividade, catarse social equivocada que impede o país até mesmo de discutir; porque quase ninguém se interessa mesmo. Afinal, isso já acabou e está mais do que consolidado em seu local: no passado.
No conjunto, acho que eles são os vencedores e nós, os vencidos.
Sempre que penso sobre este assunto --que, aliás, tem dominado meus estudos recentes porque me tocou de uma forma incrível, como há muito não acontecia-- fico profundamente triste em ser brasileira. Incomoda-me muitíssimo viver em uma país cuja realidade extra-muros da universidade é do esquecimento de sua própria história. Uma história que [parece] só quem faz História quer lembrar.

Mas, na ADPF que tramita no STF --visando à exclusão de crimes de tortura, desaparecimentos e todos os demais praticados por eles do conceito de crime conexo a crime político--, diversas entidades apresentaram requerimentos e manifestações na condição de amicus curia; o amigo da corte --que intervém no processo prestando informações relevantes. A primeira delas foi a Associação dos Juízes Pela Democracia. Agora, esta mesma entidade elaborou um Manifesto contra a Anistia aos Torturadores que será remetido ao Ministro Presidente do STF. Este documento está aberto para assinatura de qualquer interessado, basta fornecer nome, e-mail e profissão. Só. O link está aí em cima no texto!!!

ASSINEM!!! ASSINEM!!!!
MEMÓRIAS
O objetivo de punir a discriminação é reconhecer uma espécie de proteção especial àqueles que são reiteradamente excluídos da sociedade em geral, independente do motivo. Assim, há muito tempo a discriminação racial foi alçada à categoria de crime, inafiançável --diga-se de passagem. Todavia, existem vários outros grupos que mereceriam a mesma proteção dispensada pelo Estado: mulheres, idosos e, principalmente, homossexuais.

Em 2001 foi apresentado na Câmara pela Deputada Iara Bernardi (PT-SP) projeto de lei visando à alteração da Lei n.º 7.716/89 e do Código Penal, no que tange aos crimes de discriminação ou preconceito. Esta Lei --com as alterações de 97-- prevê punições especificamente em razão da discriminação de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Este projeto de lei pretende a ampliação do rol dos discriminados, para incluir punição também à discriminação de gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero. Tramitou na Câmara, foi aprovado e, então, remetido ao Senado em 2006.
No Senado, ganhou o número 122. Foram apresentados substitutivos ampliando ainda mais o rol: origem, condição de pessoa idosa e com deficiência. Foram realizadas diversas audiências públicas e, enfim, teve paracer favorável da Comissão de Assuntos Sociais. Retornou, pois, para a Comissão de Direitos Humanos --que já tinha parecer favorável da relatoria, mas que não chegou a ser apresentado, posto que retirado de pauta para realização das audiências públicas e, depois, para análise da Comissão de Assuntos Sociais. Permanece na Comissão de Direitos Humanos aguardando parecer... ou a realização de mais audiências públicas.

Bom... isso foi só a introdução do que eu queria falar hoje. Recentemente, em novembro deste ano, o Senado formulou uma enquete no seu site a fim de "descobrir" qual a opinião do público sobre o assunto. Enfim, os movimentos gays mobilizaram-se para a votação maciça na tal enquete, a fim de apoiar a aprovação do projeto. Aliás, manifestaram-se, inclusive, no próprio projeto com protocolo de diversos requerimentos. Circulou e-mail na internet conclamando todos a votarem na enquete, diversos sites incluíram link que direcionava à página do Senado, etc etc. Todavia, ocorreu o óbvio: a "maioria" dos votantes é contra a aprovação do projeto. É claro que é contra!!!!

Não vou nem comentar, aqui, as razões que obviamente motivaram esta enquete. Mas, alguns questionamentos ficam: sabendo que grupos religiosos --principalmente evangélicos-- são radicalmente contra o projeto; sabendo que estes mesmos grupos tem ampla penetração social; sabendo que esses mesmos grupos fazem o que o pastor manda... quem "ganharia" a enquete??? A quem interessa a realização da enquete? Quais os interesses econômicos envolvidos na aprovação ou rejeição do projeto?!

Enfim... a enquete acabou. Mas o projeto ainda não foi votado. É de extrema importância que se acompanhe seu andamento. Não podemos, ainda, em 2009, ver chanceladas condutas discriminatórias que contrariam frontalmente as previsões constitucionais!!! Não podemos, seja lá porque motivo for, restringir a liberdade de opção sexual de cada cidadão. Lembre-se que há menos de 30 anos atrás "mulher separada" era sinônimo de vagabunda. Homossexualismo não é doença, não é distúrbio de conduta e não é menos digno de receber proteção especial contra atos de preconceito e discriminação do que religião ou cor. Ao contrário. É cada vez mais necessária essa proteção!!!!! Abaixo, então, a notícia da Agência do Senado sobre o resultado da enquete:


ESPECIAL 01/12/2009 - 11h46
51,54% são contra projeto que pune discriminação contra homossexuais, idosos e deficientes
A maioria dos internautas que votou na enquete do mês de novembro da Agência Senado se posicionou contra a aprovação do PLC 122/06, que torna crime a discriminação contra idosos, deficientes e homossexuais. Do total, 51,54% foram contrários à proposta e 48,46% a favor. A enquete recebeu 465.326 votos, e foi a que mais mobilizou votantes desde que esse tipo de consulta foi criado.
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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MEMÓRIAS
Um dia, eu tive duas opções: escolher entre 'love' e 'money'. Guess what? I choose money. Neste mesmo dia eu tirei minha última foto com a pessoa da qual eu mais sinto saudade... e eu sei que vou sentir assim para sempre. Depois disso, eu sempre pensei que se tivesse escolhido 'love' talvez eu tivesse encontrado um 'amor'. Mas hoje... hoje eu pensei que se tivesse escolhido 'love' talvez, just maybe, eu ainda tivesse o 'amor' que eu já tinha ainda na minha vida.
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