MEMÓRIAS
Esses dias, eu estava lendo verticalmente um livro que eu ganhei no natal passado de uma amiga --ou seja, só dando uma olhada-- e encontrei uma frase bem interessante e que me fez pensar um pouco. O livro --que, aliás, quero ler todo-- é "Para além do bem e do mal", do Nietzsche. Um dos capítulos é composto de afirmações curtas e questionamentos direcionados... por isso o título do capítulo "Máximas e interlúdios". Bom... foi aí que vi a máxima 67: "O amor destinado a um só é uma barbaridade, porque se exerce à custa de todos os outros." É horrível dizer isso --e pior ainda postar aqui meu atestado de ignorância--, mas a primeira coisa que pensei foi que ele deveria ter passado essa máxima para dois números adiante. Minha primeira interpretação disso foi uma clara incitação à promiscuidade. Só que aí, pensei mais um pouco... Ora, promiscuidade não é expressão de amor!!!! De desejo, sim; de amor, acho que não. Aí, fui reler a frase com outro olhar... e concordo com ela. É claro que o amor não é e não pode ser destinado a um só. Seja este um o que for. Uma só pessoa ou até mesmo um só aspecto da vida. Afinal, ficar restrito a um só, além de impedir que se conheça e se aproveite o que mais há na vida de bom, torna a vida vazia e sem sentido com o desaparecimento deste ser amado. Veja: amor destinado a uma só pessoa... a pessoa morre; e aí?! amor destinado a uma só ocupação/trabalho ou só a isso em detrimento até mesmo das pessoas... e se não puderes mais trabalhar com isso??? Afora amores direcionados a coisas mais destrutivos... Mas aí teríamos que, novamente, questionar o que é amor... e aí a discussão iria muito longe. Mais restrita à máxima do Nietzsche mesmo, acho que o lance é ampliar e, não, restringir. E fazer tudo aquilo que proporciona prazer... amar tudo o que achar digno de ser amado e/ou tudo que for capaz de te despertar amor. Sem limites!! Totalmente over em busca da felicidade, ou melhor, do máximo acúmulo de momentos felizes... Acho que eu sou um pouco assim... ou quero achar que sou... sei lá....
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